Políticas de integração na escola
Com base nos dados do PISA, um estudo da OCDE parece demonstrar que o sucesso escolar dos imigrantes e da chamada “segunda geração” é menor que o dos nativos, mesmo quando se controla o efeito da origem social sobre os resultados. Esta diferença não tem porém a mesma amplitude em todos os países, sendo mesmo nula no Canadá, Austrália e Nova Zelândia (ver gráfico). Por outro lado, aquele diferencial de insucesso não é estável em função da nacionalidade de origem dos imigrantes: por exemplo, “immigrant students whose families have come from Turkey tend to perform poorly in many countries. But they do significantly worse in Germany than they do in Switzerland”.
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Fonte: OCDE.
Concluem os autores do estudo que todas estas variações sugerem que as políticas públicas podem fazer toda a diferença: em particular, onde os estudantes de origem imigrante são menos segregados (isto é, onde estão menos concentrados num reduzido número de escolas) e onde beneficiam de programas extensivos de ensino da língua do novo país desde a infância, os diferenciais de sucesso escolar tendem a esbater-se.
Ou seja, a mistura e a promoção da semelhança, onde esta é instrumental, constituem importantes meios de integração escolar.