Direito à auto-determinação: deixou de ser uma prioridade portuguesa?
O apoio ao direito à auto-determinação do povo sarahui por parte de Portugal era uma questão de coerência para um país que lutou, com sucesso, pelo mesmo direito para Timor-Leste, daí a surpresa total com a mudança da posição portuguesa sobre este assunto de que soube por Ana Gomes.
Esta reviravolta coloca-nos no papel do pequeno país que manipula a sua atenção ao direito internacional segundo as conveniências de ocasião e o peso político do aliado ou do adversário tal como criticámos anos a fio outros por terem feito.
Esta nova estratégia, para além de estar errada nos princípios tem, no plano das consequências, probabilidades elevadas de ser perdedora a prazo.