Testar nomes
Uma tradição sólida do PS é a de testar nomes nos jornais. Deseja avaliar-se da disponibilidade de alguém para um cargo e a primeira coisa que se faz é contactar um jornalista. Depois, é seguido um de dois procedimentos: ou o jornalista telefona ao visado a saber da sua disponibilidade e se já foi contactado (normalmente este é surpreendido pelo contacto e desmente-o – o que tem o singelo problema de acabar com a notícia) ou escreve-se primeiro, ficando à espera da reacção do visado. Como se esperava, o DN de hoje (indisponível online) traz um exemplo do segundo procedimento:
“Jorge Coelho recusa candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa, hipótese ontem avançada ao DN pelo presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa, Joaquim Raposo. "Não sou candidato nem está nos meus horizontes sê-lo. Não faço parte desse filme nem quero fazer", disse Coelho ao DN, quando confrontado com a hipótese lançada pelo seu camarada Joaquim Raposo. "Só sou candidato a duas coisas: primeiro, viver; depois, viver feliz."