De fora vê-se melhor?
O artigo que Joseph Stiglitz publicou no DE merece leitura.
Cito:
[…] Compreende-se que haja um certo desconforto face ao futuro da União dadas as incertezas que pairam sobre as tentativas de reavivar o Tratado Constitucional, porém, é bom lembrar que o projecto europeu se tem revelado um êxito, não só para a Europa como para todo o mundo. Os europeus que não desesperem quando se compara o crescimento do PIB da Europa com o de países como os EUA nem perante os desafios que a esperam durante o aperfeiçoamento da sua união económica, que passa por reduzir o desemprego e por impulsionar o dinamismo económico. E porquê? Porque embora o PIB per capita nos EUA tenha vindo a aumentar, a maioria dos americanos vive hoje pior do que vivia há apenas cinco anos. Uma economia que ano após ano depaupera os seus cidadãos não é, de todo, uma economia de sucesso.
[…] O êxito da Europa deve-se, em parte, ao facto de encarar os direitos individuais como universais e inalienáveis, e de ter criado instituições específicas para a sua protecção. Razão porque a Europa se pode pronunciar com credibilidade sobre a questão dos Direitos do Homem.
O mote subjacente ao projecto europeu – “viver em harmonia” – deve igualmente aplicar-se ao ambiente, o nosso mais escasso recurso. E também aqui a Europa assumiu a liderança, em particular no que concerne ao aquecimento global, mostrando que é possível ambicionar ao bem comum. […]
Que responderiam os atlantistas euro-cépticos?