As perplexidades da OTA
Hoje, perante a ausência de um argumentário disseminado sobre a necessidade de um novo aeroporto e sobre a sua localização preferencial e com o espaço aberto a todos os populismos, um investimento de grande envergadura encontra-se bloqueado. O grave é que enquanto se assiste à confusão argumentativa em torno do novo aeroporto, fica-se com a ideia que o País regressou a um tempo em que a promoção da dissensão política era mais importante do que a capacidade de tomar opções estratégicas, ainda que impopulares e custosas. Chegados aqui, pode ser que, pelo menos, a trapalhada a que se chegou a propósito da OTA sirva para recordar a importância para Portugal dos amplos consensos políticos. Caso contrário, estaremos condenados a reagir a pressões externas.
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