Car@s amig@s
Esta minha súbita incursão bloguista já me deu o prazer de reler a voz de amigos e amigas que o tempo se encarregou de espalhar pelo mundo. A velhinha imagem da "aldeia global" aplica-se, quer quanto a que é global, quer quanto a que é aldeia. De facto, tal como acontecia na serra da Lousã, quando passava férias com os meus avós, na blogosfera as pessoas que existem são aquelas a quem dizemos bom-dia e que nos respondem. Ao contrário do cosmopolitismo urbano, feito de anonimato, este cosmopolitismo virtual, tendo destinatários potencialmente indefinidos acaba por centrar-se em imagens de rostos reconhecidos, em fragmentos de histórias de vida que um mail, um comentário ou um post evocam.
Alguns, verdadeiramente amigos e transmitindo preocupações que me tocam fundo, surpreendem-se por ter surgido com o meu nome. Mas que outra coisa faria sentido? Se todos os meios têm os seus defeitos, este, o pior que tem é o de permitir - e às vezes até se alimentar dela - a cobardia do anonimato.
Seja qual for o meio, interessam-me, para o bem e para o mal, apenas as vozes autênticas dos que assinam por baixo aquilo que dizem ou escrevem. E é uma agradável surpresa a de ter podido reencontrar na aldeia virtual tant@s amig@s reais em tão poucos dias.