Candidato a…?
Cavaco Silva apresentou, finalmente, a sua candidatura presidencial com um discurso em que se destacam três traços fundamentais. E traços preocupantes.
1. O centramento nos problemas do desenvolvimento económico, insistindo na necessidade de recuperar um caminho de melhoria das condições de vida, de redução do desemprego e de convergência europeia. Uma candidatura para governar o país?
2. O distanciamento em relação à vida política institucional. Reclamando, com orgulho, não ser um político profissional e, por isso (!), não ser atraído pelas “regalias” dos cargos políticos, conclui informando da sua decisão de suspender a filiação no PSD. Uma candidatura contra a política?
3. A insistência na ideia de desempenho de uma missão regeneradora que salvará o país da crise e abrirá caminho à esperança. Uma candidatura messiânica?
Como vêm argumentando o António Dornelas e o Paulo Pedroso, muito se joga nas próximas eleições presidenciais.