“Ou sim ou sopas”
Miguel Vale de Almeida tem razão. No “campo que se diz defensor da igualdade de direitos”, têm predominado “as posições ambíguas e supostamente cautelosas” sobre a reivindicação “do alargamento do casamento civil a casais de pessoas do mesmo sexo”.
Esta é, no entanto, uma reivindicação simples e pacífica. Não se trata de inventar um novo direito mas de eliminar uma discriminação: a restrição no acesso ao direito ao casamento em função da orientação sexual. E não se faz essa generalização do direito com prejuízo de alguém: como disse Zapatero em Espanha, em discurso já assinalado no Canhoto, o que está em causa é simplesmente uma iniciativa legislativa que “não produzirá mal algum, [cuja] única consequência será livrar seres humanos de sofrimento inútil. E uma sociedade que livra os seus membros de sofrimento inútil é uma sociedade melhor”.
No “sim ou sopas” reclamado pelo Miguel, o meu sim sem ambiguidades ou falsas cautelas. Subscrevo o movimento visando a revisão do Código Civil português para que casais de pessoas do mesmo sexo possam ter acesso ao casamento civil. E, portanto, subscrevo também a respectiva Petição.