Tabloidização
No âmbito da sua candidatura presidencial, Francisco Louçã interveio no debate sobre as “aulas de substituição” com um ataque ao carácter do Secretário de Estado da Educação, em lugar de argumentar politicamente sobre a substância do problema. Retomando o estilo Portas/Independente, Louçã resolveu, pois, tabloidizar a sua campanha.É uma forma de fazer política contra a política que Louçã já tinha usado no debate com Paulo Portas. Pensei, na altura, que tinha sido uma reacção irreflectida, “a quente”, contra um adversário que consegue tirar do sério a mais seráfica personagem. Verifico, com pena, que me enganei.
PS. Na página oficial de campanha de Louçã pode ainda encontrar os vestígios deste passo do candidato, com direito a cópias digitais de jornais locais como argumento de autoridade. O candidato tinha o dever de perceber que o erro fatal reside, intrinsecamente, no uso do argumento.