centralismo democrático
Leio no DN que Luís Filipe Menezes, no seu excelente blogue, acusou Marques Mendes de ter «um receio injustificado pelo calor humano das bases». O ainda líder do PSD faz lembrar aqueles treinadores, estilo Prof. Carlos Queirós, que não gostam do cheiro do balneário. Menezes, pelo contrário, é mais do género Vítor Manuel. E ainda bem.
«Hoje mesmo [escreve Menezes] tive conhecimento de que o congresso de Março não vai ter praticamente observadores. Argumento? O local onde se realiza é exíguo! E é exíguo porquê? Será que a generosa subvenção financeira nacional, concedida pelo Estado, não é suficiente para realizar o congresso num local amplo, onde se possa manter a tradição dos militantes terem acesso, de forma muito alargada, ao acompanhamento dos trabalhos da mais importante reunião partidária?» Realmente, isto nem no PCP. Será que a generosa subvenção financeira nacional, concedida pelo Estado, não é mesmo suficiente para realizar o congresso num local amplo, onde se possa manter a tradição dos militantes terem direito, de forma muito alargada, a assobiar os oradores e a atirar laranjas para o palco? Perde o partido e perdemos nós, clientes habituais destes espectáculos de cidadania que só o PPD/PSD sabe organizar.