Iraque: o que dirão para o ano?
1º exercício: ler o artigo de Donald Rumsfeld no Público de hoje, tendo em atenção o tom desesperado com que se refere às vantagens que adviriam dum Iraque livre e democrático, que eu não consigo vislumbrar;
2º exercício: comparar os argumentos de hoje com os de há três anos e ambos os argumentos com os números de baixas, civis e militares e de ambos os lados, com os resultados obtidos com a aventura militar iraquiana e com o que as sondagens conhecidas dizem ser a opinião do mundo árabe sobre a matéria;
3º exercício: comparar os resultados obtidos com as declarações, de agora e de há três anos, de estrategas como Francis Fukuyama ou Durão Barroso;
4º exercício: tentar prever o que serão as opiniões destes três cidadãos do mundo sobre a matéria dentro de um ano.
Não consegue responder ao 4º exercício? Talvez a culpa não seja sua.
Eu, que também não consigo, acho que nos falta um dado essencial para a realizar bem a tarefa proposta: saber o que lhes convirá dizer dentro de doze meses. Mas não desespere: pode sempre perguntar ao ex-Ministro da Martins da Cunha. Mas, se resolver seguir o conselho que ele lhe der, não me venha culpar a mim: a cada um as responsabilidades dos conselhos que segue.