Paridade, sim! Dinheiro, não! E votos?
A sondagem da Marktest para o DN sobre a questão da paridade dá indicações muito interessantes quanto à opinião dos inquiridos sobre a questão da paridade:
1. Uma larga maioria (69,6%) acha que a participação das mulheres na vida política é insuficiente e que (75,3%) a percentagem de mulheres no Governo deveria ser superior à que existe;
2. Uma maioria, mas menos expressiva do que as anteriores, entende que o aumento da participação feminina vida política favoreceria a melhoria da qualidade desta (57,5%) e concorda com a introdução dum sistema de quotas obrigatórias nas listas eleitorais dos partidos (52,0%);
3. Uma folgada maioria (61,3%) opõe-se à ideia de, perante a eventualidade de não existirem quotas, os partidos verem aumentada a subvenção que recebem do Orçamento do Estado quando incluíssem uma determinada proporção de mulheres nas suas listas.
Há, portanto, duas perguntas que falta fazer:
A apresentação de listas paritárias por um dado partido atrai o seu voto para esse partido?
A apresentação de listas com largo predomínio de um dos sexos condiciona negativamente o seu voto no partido que as apresenta?
A sondagem hoje publicada sugere que sim. Mas eu preferiria saber a resposta depois de feitas as perguntas.