O Independente acabou. Adeus.
O Independente terá nas bancas o seu último número na próxima sexta-feira.
Sei que se avizinham os elogios fúnebres do costume. Muitos dirão que o Independente foi inovador, que permitiu que se afirmassem um conjunto de jornalistas e cronistas de excelência, que foi uma pedrada no charco. Dir-se-á que foi um jornal fora do seu tempo. Falarão da Kapa e do Miguel Esteves Cardoso. Até falarão de Paulo Portas.
Nunca gostei nem comprei o Independente. Para mim as capas populistas e justiceiras e as buscas nos caixotes do lixo sempre se sobrepuseram aos textos e à escrita, por melhores que fossem. Por mais criatividade que tenha tido nos primeiros tempos, por mais nomes que possa ter deixado no jornalismo, a marca que O Independente deixa é a marca do jornalismo irresponsável . O Independente acabou. E eu não terei saudades.