Entregar o ouro ao bandido
É azar. Depois de tanta ausência no Canhoto, são logo dois textos críticos sobre o BE.
1. Segundo o Público de hoje, quarta-feira, João Teixeira Lopes terá comentado criticamente o convite a Rui Rio para estar presente numa sessão pública do Movimento pelo Sim. Afirmou, nomeadamente, que “o convite que foi endereçado ao Presidente da Câmara do Porto acaba por branquear o seu comportamento e o meu receio é que Rui Rio possa utilizar o próprio movimento para ganhar notoriedade e tentar recuperar a sua imagem junto de um certo eleitorado”.
2. Ou seja, Teixeira Lopes entende que a participação no campo do “sim” deve ser regida por outros critérios que não os que estarão em confronto no próximo referendo sobre a descriminalização do aborto. Que a causa do “sim” pertence a uma família política, pelo que Rui Rio seria um intrometido, independentemente de este já se ter, no passado, pronunciado e comprometido pública e politicamente com essa causa.
3. Com estas declarações é Teixeira Lopes e não Rui Rio quem instrumentaliza a causa do “sim”. E essa instrumentalização prejudica a mobilização que é necessário realizar para ganhar o próximo referendo. Esperemos pois que se trate de deslize a corrigir rapidamente e que não esteja em curso nova estratégia suicida que entregará o ouro ao bandido...