A fronteira imaginária do Mondego
Quando as consultas eleitorais em Portugal facilitam leituras dicotómicas, surge no mapa, recorrentemente, uma maioria a norte e outra a sul, com o Porto a alinhar com o "sul". É uma fronteira imaginária que cinde os eleitorados maioritários. A Norte do Mondego (às vezes do Tejo), mais peso do tradicionalismo, voto mais à direita no espectro político, melhor convivência com as desigualdades, leituras diferentes das soluções para os problemas do país.
Uma vez um colega disse-me que discutiu a questão com um historiador. Dizia o sociólogo que é assim desde o 25 de Abril e ter-lhe-á respondido o historiador que é assim desde o período da formação da nacionalidade.