Maravilhas de Portugal #4
1. Em termos de mobilidade, Portugal de hoje nada tem a ver com o de há 30 anos: o Marão deixou de ser obstáculo maior, Espanha e a Europa ficaram mais perto e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto cresceram e adensaram-se. Aumentando a mobilidade espacial, aumentaram as oportunidades de vida, incrementou-se a difusão da modernidade, abriram-se as portas a um cosmopolitismo crescente.
2. Estradas e vias férreas, portos e aeroportos foram fundamentais para aquela mudança radical. Quando, no caso das vias terrestres, os obstáculos eram maiores, pontes e viadutos foram a solução, encurtando ainda mais as distâncias. E as pontes são, hoje, das maravilhas maiores de Portugal, com dimensão mundial.
3. De início, o Porto tomou a dianteira. A ponte de D. Luís, primeiro, a da Arrábida, depois, removeram o obstáculo do rio transformando-o em cenário de obras de destaque tanto no plano técnico como no estético. Lisboa veio mais tarde, pois o obstáculo era maior, tendo sido necessário esperar por 1966 para, com a inauguração da que ficaria mais tarde conhecida como Ponte 25 de Abril, o Sul ficar mais perto do resto do país.
4. A Ponte 25 de Abril teve um impacto inultrapassável na estruturação do território metropolitano e nacional, reforçado em 1999 com a abertura do tabuleiro para o tráfego ferroviário. Porém, no plano estético foi superada pela mais recente Ponte Vasco da Gama, a minha escolha neste modalidade.