O eterno mito do retorno
E ao vigésimo quarto mês, Paulo Portas regressou. Fê-lo com a capacidade de fixar a atenção dos ‘media’ que o caracteriza, mas, ultrapassado o entusiasmo momentâneo, nada de substantivo disse. Nem sobre a alteração das circunstâncias que o levaram a demitir-se, nem sobre o modo de ultrapassar a encruzilhada em que se encontra o espaço do centro-direita. Não menos grave, regressa com uma nuvem de falta de carácter a pairar sobre a sua relação com Ribeiro e Castro. Com este regresso, Portas, até ver, apenas consolidou a ideia de que é um político que se rege por um vai-e-vem ideológico: umas vezes liberal, outras populista, para logo se tornar conservador e intermitentemente um estadista contaminado pelo realismo. Ao serviço das conveniências.
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