terça-feira, 20 de março de 2007

A política de trincheira


Há umas semanas defendia-se uns quantos apoios de praia (um eufemismo para descrever umas construções abarracadas onde se serve café e sumos a preços insultuosos); depois, o mar levou os ditos apoios e passou a defender-se o parque de campismo (um abarracamento permanente em plena faixa costeira que nunca deveria ter existido ali). Agora, que o mar cumpre o seu papel e ameaça o parque de campismo, o que é que se vai defender? A própria vila da Costa?
Entretanto, as várias autoridades continuam a reagir como se tudo isto não estivesse programado para acontecer. Estava e só não via quem não queria.
Ou muito me engano ou andaremos de trincheira em trincheira até à derrota final. Espero ao menos que a derrota final possa ser uma vitória: começar de novo.
(há uns tempos que não ia à Costa propriamente dita. Há um par de semanas, contudo, arrisquei uma ida às praias da vila na meia maré. Escuso-me a descrever a saída do mar, agora que não há nem praia, nem escadas, feita atirando-me literalmente para as pedras dos pontões, mas não deixei de ficar estupefacto com um novo prédio de vários andares que está a ser construído, em frente à praia do Barbas, ao pé da Carolina do Aires. Por este andar, daqui a quanto tempo é que estarão a criar valas para defendê-lo?)