terça-feira, 17 de abril de 2007

Um governo de doutorados

Se por acaso um politólogo marciano aterrasse em Portugal nas últimas semanas, ficaria surpreendido com a polémica em torno do percurso académico do primeiro-ministro. Habituado a comparar sistemas de Governo, olharia com espanto para o interesse dos ‘media’ no tema. Em bom rigor, se dedicasse três minutos de atenção ao assunto, não deixaria de ficar atónito com o paradoxo de um país que combina níveis de qualificação muito baixos com a monomania do tratamento deferencial assente em títulos académicos. Já se resolvesse analisar as qualificações dos membros do Governo, poderia pensar que tinha encontrado em terras lusas a concretização da República dos Reis-Filósofos, com que Platão havia “sonhado”.
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