Uma aposta de peso para Lisboa
A confirmar-se a notícia que ouvi esta manhã no Rádio Clube Português, António Costa será o candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa. Até que a notícia seja confirmada pela boca do próprio Secretário-Geral do PS pode revelar-se falsa, mas se fosse verdadeira era uma excelente notícia para Lisboa.
Esta escolha de José Sócrates demonstraria que o PS percebeu a relevância da questão autárquica em Lisboa e se empenharia na vitória no máximo da sua força. Ficaria assim ultrapassada a questão da falta de uma candidatura forte por parte do PS em que Helena Roseta vinha fundamentando a necessidade da sua candidatura de independentes.
Mas esta escolha teria ainda outras virtualidades autárquicas. O candidato do PS, a ser António Costa, reunirá sólida experiência governativa, capacidade política geral, sensibilidade às desigualdades sociais e um sentido cosmopolita ambicioso que falta aos Presidentes da Câmara de Lisboa desde Jorge Sampaio.
Prejudicado por esta escolha ficaria o Governo, que assim perderia o terceiro e último dos Ministros de Estado escolhidos por Sócrates há dois anos. A coadjuvação de António Costa na definição de sentido estratégico à acção do Governo podia não ser visível do exterior mas era nítida e seria ilusório pensar que a sua falta se resumiria a encontrar um novo nome para a Administração Interna.