Eu não vou por aí, mas…
1. Segundo José Manuel Fernandes, os exames de Matemática do 12.º terão sido “aparentemente mais fáceis do que os dos anos anteriores”. Aparentemente, note-se.
Claro que não estando José Manuel Fernandes certo sobre essa maior ou menor facilidade (“aparentemente”…) é, em seguida, prudente na avaliação que faz dos exames. Claro, uma ova, pois em lugar da prudência necessariamente associada ao “aparentemente” encontramos nos seus editoriais, incluindo o de hoje, um julgamento sumário e definitivo dos exames e, em consequência, da política de educação do actual Governo e dos seus protagonistas. Ou seja, José Manuel Fernandes diz que “não vai por aí” mas, já agora, aproveita para tentar fazer os estragos que faria se fosse por aí.
2. Se todo o Público fosse feito no mesmo tom, o jornal teria já virado pasquim. Citando: “Pasquim / Ou ‘pasquinada’ (do italiano ‘pasquinata’), termo derivado do nome Pasquino, ou Pasquillo, de uma estátua encontrada em Roma no ano de 1501, na qual durante certo tempo se tornou costume suspender sátiras de tom insultuoso contra um alvo pessoal identificado. Por extensão de uso, o termo passou a referir qualquer texto satírico, em verso ou prosa, envolvendo grosseira ou maliciosa ridicularização, as Pasquinadas: Jornal dum Vagabundo (1890), de Fialho de Almeida.”