sábado, 18 de outubro de 2008

A barreira de contentores

Não sei que parte do que afirma Miguel Sousa Tavares no Expresso de hoje é verdade.
Mas preciso de saber se a cidade e o país que fizeram a EXPO 98 vão tornar possível que uma empresa privada seja autorizada a criar uma barreira de contentores com 1,5 km de comprimento e a altura dum prédio quatro andares na zona de Alcântara.
Nenhuma cidade civilizada precisa ou pode tolerar uma coisa dessas.
Mesmo os que, como eu, não partilham os raciocínios tipo NIMBY - Not In My Backyard - precisam de saber que interesses estratégicos da cidade e do país tornariam imprescindível que os lisboetas aceitassem fazer tal sacrifício pelo país.
Já pagamos as travessias do Tejo, num país que as mantém gratuitas no Douro.
Se for verdade que o porto de Setúbal está desaproveitado a 95%, preciso de saber o que justifica que se deva aceitar a barreira de contentores.
E, se existem, preciso de saber porque motivo Setúbal não seria uma boa alternativa a Lisboa para a descarga de contentores.
E ainda que o não seja, porquê colocar a barreira de contentores entre Alcântara e a Torre de Belém? Mesmo em Lisboa, todas as outras alternativas são inviáveis?
E já agora, não sou o único lisboeta que se incomoda com o assunto e que gostava de não ter dúvidas sobre a barreira de contentores. Conheço outros que partilham estas dúvidas.