sábado, 18 de outubro de 2008

Falhas da crítica

1. Num dos jornais do passado fim de semana saudava-se, e bem, a reedição em português de O Imenso Adeus, de Raymond Chandler: trata-se de uma das grandes obras da literatura do século XX, ponto final. Porém, se a recensão crítica sumariava longamente a “história”, omitia qualquer referência à nova tradução.

2. Não é questão de somenos importância: parte do sucesso que a obra conheceu em Portugal deve-se à tradução de Mário Henrique Leiria, na Vampiro, de quem se dizia ter “enriquecido” a qualidade do original. Ora, sabendo o que as nossas preferências por obras traduzidas devem à qualidade da sua tradução, impunha-se alguma referência aos ganhos ou perdas da nova edição de O Imenso Adeus — que é, também, uma nova tradução.

3. Quanto à capa, ganha destacada a da Vampiro, por Cândido Costa Pinto. Pena estar a edição esgotada há tanto tempo.



4. Já agora, ainda existe a frase “triste, estafado e final”? Acho que vou eu ter de confirmar.