A propaganda tem limites
Jorge Pires, da Comissão Política do PCP, veio dizer que “o Governo aceitou pela primeira vez em dois anos de luta discutir com os sindicatos sem exigências ou questões prévias”.
De certeza absoluta que Jorge Pires ouviu Mário Nogueira dizer, diversas vezes, coisas como esta: “Para nós é fundamental que a Sr. ministra assuma, no início da reunião, que a avaliação está suspensa. Se o fizer, a reunião poderá continuar, se não o fizer, a Fenprof retirar-se-á, porque não discute nada com o Ministério da Educação, sem que o pressuposto base esteja devidamente alcançado pelos professores.”
Hoje, Mário Nogueira abdicou da sua exigência de que a avaliação teria que ser suspensa para começar qualquer negociação com o Ministério da Educação. Isso incomoda o PCP. Mas, como para o estalinismo a propaganda não tem limites, Jorge Pires reage com “duplipensar”. Felizmente, nas democracias do século XXI não é possível apagar personagens das fotografias, regravar edições audio ou video nem falsificar edições de jornais. Azar de Jorge Pires, que parece não conhecer os limites da propaganda.