Os símbolos: uns e outros
Esqueçamos por um momento que há embaixadas invadidas, instalações vandalizadas, bens destruídos. Mesmo que o que estivesse em causa fosse tão só a “violência sobre os símbolos” de uma religião ou de um povo, é estranho que alguém, em nome de um Estado laico, sinta necessidade de reagir e condenar uma banda desenhada e não tenha, entretanto, nada a dizer sobre as bandeiras dinamarquesas (e eventualmente outras, que não vi) que a este propósito têm sido queimadas de forma gratuita, entre ameaças de todo o tipo. (Aliás, o caso não é inédito, e numerosas bandeiras têm sido objecto de semelhante tratamento).
Ou será que os símbolos religiosos são mais importantes como representação que os símbolos de um país?