Os paralelismos entre o PS e o PSD
Quanto mais me inteiro dos problemas e desfuncionamentos identificados no PSD, mais eles me parecem os mesmos de que o PS sofre. Assim como há nos passos que estão a ser dados por Marques Mendes semelhanças evidentes com o percurso feito no PS.
Não é, contudo, o paralelismo dos problemas identificados e das terapias ensaiadas que me impressiona. É o que existe na intensidade com que as soluções são procuradas quando cada um destes partidos está na oposição e na velocidade a que estas são menorizadas ou mesmo abandonadas quando no poder.
Se o paralelismo for perfeito, Marques Mendes não tem nada a temer este fim-de-semana e, quando a onda laranja começar a encher, tem apenas uma escolha a fazer: entre saír por sua iniciativa, quando for excessivamente humilhado pelo Palácio de Belém, por outros partidos do seu espaço político ou pelos seus companheiros, como Vitor Constâncio, Marcelo Rebelo de Sousa ou Ferro Rodrigues e esperar que uma coligação de descontentes o derrube, como Jorge Sampaio.