quinta-feira, 18 de maio de 2006

Da analogia

Prodígios e Vertigens da Analogia
por Jacques Bouveresse

Tradução de Miguel Serras Pereira
Setembro de 2001 168 pp 180x110 mm
Celta Editora


Já tem uns anos mas vale sempre a pena referi-lo (e lê-lo). A propósito das discussões sobre o “caso Sokal”, o autor critica o uso abusivo da analogia, destacando os seus efeitos perversos: a metáfora como expediente para a falta de método, o relativismo como álibi para a ignorância, a valorização de critérios literários em detrimento do rigor sob pretexto da eficácia da divulgação… Sugere-se que, em vez de reivindicar um “direito à metáfora”, se deveria antes evitar a tendência para explorar sem precaução nem restrição as analogias mais duvidosas, tendência definida como uma das doenças da cultura literária e filosófica contemporânea.

Índice «Prólogo / 1. Da arte de passar por “cientista” aos olhos do mundo literário / 2. Será a incultura científica do mundo literário a verdadeira responsável pelo desastre? / 3. Como os culpados se transformam em vítimas e em acusadores / 4. As vantagens da ignorância e a confusão considerada como uma forma de compreensão superior / 5. As infelicidades de Gödel ou a arte de adaptar um teorema célebre ao molho preferido dos filósofos / 6. O argumento “Tu quoque!” / 7. Quem são os verdadeiros inimigos da filosofia? / 8. O caso Sokal e depois: a lição será compreendida? / 9. A liberdade de pensamento sem a liberdade de criticar? / Epílogo.»