E o interesse público?
A confirmar-se o que DN vem publicando, há coisas perturbantes no "pacto sobre a justiça".
A primeira é a oposição do PSD à inclusão de normas que tratem os deputados e os membros dos governos com a mesma cautela com que a lei trata actualmente os juízes, isto é, assegurando que as investigações a que venham a estar sujeitos sejam controladas por tribunais superiores.
A segunda foi a não inclusão das porpostas visando o combate à corrupção apresentadas por João Cravinho, um deputado com um longo e notável currículo de serviço à República.
Num caso como noutro, até que alguém desminta as notícias ou explique os critérios das decisões, não parece que tenha sido dada primazia, como se impõe, à defesa do interesse público e à promoção da respeitabilidade das instituições democráticas.