sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Carta furada

A campanha do não foi muito profissional (demasiadamente?). Notava-se em tudo: na coexistência de vários níveis de campanha – uma urbana, com convidados escolhidos a dedo para os programas televisivos e com outdoors eficazes e uma outra, para os meios mais rurais, do tipo grass-root; na coerência da mensagem; nos instrumentos de propaganda; na influência da agenda dos media (maxime o segundo round do prós e contras). Mas, precisamente por força do profissionalismo, não houve maior sintoma de desnorte do que a introdução apressada nos últimos dias da variante, “não que afinal quer dizer sim”. Não foi nem acaso, nem flexibilidade táctica, foi apenas o reconhecimento dos limites da estratégia antes definida. Acontece que inversões de campanha à última hora, raramente dão bons resultados. Pelo contrário.
publicado no sim no referendo.