Podem explicar-se, sff?
É bom que a esperança de vida esteja a aumentar?
É bom que mais pessoas estejam mais anos no sistema escolar e, portanto, cheguem mais tarde ao mercado de trabalho?
É bom dispormos dum sistema de protecção social sustentável, quer do ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista social?
Se respondeu, como eu, afirmativamente às três questões anteriores, então porque é que seria mau um factor de sustentabilidade da segurança social que liga as pensões ao aumento da esperança de vida verificado e tem como consequência que, quando esta aumenta, o futuro reformado pode escolher entre trabalhar mais uns meses e manter a sua pensão ou reformar-se na data que lhe corresponderia, se a esperança de vida não tivesse aumentado, e ser tratado como um reformado por antecipação?
Será que o fundamento do PCP e da CGTP – que a comunicação social irmana na crítica a esta medida – se deve à preferência por um eventual aumento indiscriminado das contribuições patronais para a segurança social?
É que, como ninguém lhes ouviu uma palavra de elogio quando o governo anunciou a intenção de reduzir as contribuições sobre o emprego sem termo e o aumento das contribuições patronais dos contratos a termo e a participação patronal nos custos da protecção social reforçada dos falsos “recibos verdes”, para além da demagogia botabaixista, não restam muitas outras hipóteses …