O pior da crise
O pior da crise é o desemprego e a xenofobia que, por vezes, a ele aparece associada.
Uma ilustração da escala do primeiro problema é dada pela notícia do Guardian segundo a qual 20 milhões de chineses – isto é: o dobro da população de Portugal e o dobro também da estimativa oficial chinesa anterior – estão a abandonar as cidades com destino ao campo e a reduções drásticas das suas condições de vida.
O segundo problema pode ser ilustrado pelas manifestações e greves selvagens ocorridas no Reino Unido contra trabalhadores imigrantes – entre os quais se contam portugueses – subcontratados para trabalharem para uma empresa francesa que opera no Reino Unido.
Um e outro problemas mostram quão indispensável é a renovação da regulação social, quer internacional, quer europeia, quer nacional.
Num caso como noutro, disso depende, em primeiro lugar, o futuro e a esperança das vítimas da crise que estamos a viver. Mas disso depende também a capacidade de gestão da crise pelos governos das democracias.