A relevância da liberdade
Comparando o que chama as duas repúblicas, a do Estado Novo e a de Abril, afirma Jaime Nogueira Pinto, no i de terça-feira: “segundo sondagens que valem o que valem, 70% [dos portugueses em geral] não se reconhecem em nenhum dos partidos existentes. Mais ou menos a percentagem de cidadãos que não votavam no antigamente.”
Pormenor irrelevante para o cronista parece ser o da relevância da liberdade das escolhas políticas: não é o mesmo escolher não participar e ser proibido de participar. Até porque os que agora escolham não participar podem a qualquer momento mudar de opinião e decidir participar. Definitivamente, a palavra decidir é, para Jaime Nogueira Pinto, um verbo irregular cuja conjugação está repleta de excepções.